terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Lágrimas

Então, venha e me diga que eu sou fraca, que eu te mostrou minha fortaleza interior. Diga-me que eu sou besta de demonstrar meus sentimentos, que eu te mostro a coragem necessária pra não se esconder atrás de uma armadura invisível. Ria de mim e me mostre como sou infantil, que eu te mostro que as crianças, muitaz vezes, carregam mais sabedoria do que 80 anos de vida. E então, saia de perto se te incomodar, ninguém precisa compartilhar disso. Mas tenho apenas um pedido: Por favor, não impeça de chorar. Venho de um lugar onde aprendi que chorar é normal, natural e saudável. Deixe-me colocar pra fora tudo isso que me enlouquece, deixe que minhas lágrimas caiam de amor, de raiva, de compaixão, de nervosismo, de tristeza, de alegria, de saudade, de qualquer coisa. Meus lábios necessitam compartilhar do doce salgado sabor do alívio, da dor, da vitória. Minhas narinas tomam uma cor avermelhada e meu rosto até parece que está maior, deixe, deixe que isso aconteça, logo passará. Me jogarei no travesseiro, na parede, ou em baixo do chuveiro, esconderei com os óculos escuros, mas deixe, deixe que o choro aconteça. Depois, faça-me recordar que, na vida, o mais importante é sorrir, e fazer sorrir e eu também te lembrarei que não saberíamos o valor de um sorriso sem experimentar a angústia de um choro, então, deixe-as, deixe-as cair.