Sou de extremos: entre a alegria e o choro, a delicadeza e a falta de tato, o amor e a frieza absoluta. Daquele tipinho que não gosta de opiniões alheias, que não dá o braço a torcer mas que por vezes se deixa torcer até seus limites, os pólos entre o orgulho e a entrega. Aguentei tempestades que eu achei que não fosse sobreviver, SOBREVIVI com a certeza de que uma garoa não me afeta, menos ainda a chuva, e que a próxima tempestade virá mais amena e quiçá serena.
Se chorei (e como chorei) chorei de verdade, esperniei, gritei, me desesperei, pus tudo pra fora, me purifiquei e sei que cada lágrima derrubada há de ser compensada com um sorriso, e aí sim, chorar de tanto rir.
Fechei os olhos ouvindo desde samba a hard core, fecho os olhos com o que me faz bem, com o que me convém. Sinto saudade de pessoas, momentos, cores, cheiros, sabores, noites, junhos, novembros. Balbuciei em decisões importantes e sigo em frente mesmo sem saber se as decidi corretamente, mas sigo e isso basta, deve bastar. Pedi desculpas, menti, sofri por mentiras, me entreguei, me esquivei, terminei, voltei, amei, odiei, escrevi, torci, "tricolorizei", abominei, adocei, amarguei.
Bebi, bebi, bebi, caí, levantei e contei histórias, de alguma rio, de outras me envergonho e algumas nem me lembro e quase ninguém se lembre, eis a magia do álcool. Das drogas passei longe. Trabalhei, estudei, não estudei, fiz amigos, inimigos, inimizades, colegas, conhecidos, amores eternos, amores passageiros, de meses, dias ou de uma noite só. Ganhei, perdi, nem perdi, nem ganhei. Fui gladiator, namorada, esposa, amante, amiga, companheira,"parça", baixinha, narigudinha, gordinha, magra, gostosa e sem sal. Fui de tudo por aí. Fui teacher, professora, tia e senhora. Fui artista e até cantora e até arranhava uns acordes no violão. Já dirigi carros que dizem que são de homens e outros que dizem que são de mulher e, como muita coisa da minha vida, preferi ser um homenzinho.
Gastei, gastei, gastei o que não podia e o que merecia, comi mais do que devia e me arrependi...Ah, se arrepender, pobre das pessoas que dizem que nunca se arrependem de nada. Em algum momento você se arrependeu de um detalhezinho que poderia ter feito a diferença. não se envergonhe. Faça-se a pergunta: Até aqui, eu vivi? Eu sim! EU VIVI!
sexta-feira, 10 de junho de 2011
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